Fim-de-semana...

E venha mais um dia de sol no Términus, mais uma vitória do FC Porto e depois mais uma semana de trabalho... que é o mesmo que dizer menos uma semana para ir à Tuga vêr as minhas meninas!

Liga dos Campeões

O próprio nome desta competição indica que não é para todos... é para aquelas equipas de eleição, aquelas que estão habituadas a vencer e por isso mesmo se dá tanta importância a esta competição.
Mas este novo formato abriu-se a um maior número de clubes, reconhecendo que por vezes há mais do que um clube por país a poder ser considerado campeão. E isso é verdade em campeonatos como o Espanhol, o Italiano ou o Inglês, mas certamente não faz parte da realidade Lusa. Talvez até já tenha sido assim no passado, mas os tempos mudaram e apenas um clube tem sido capaz de ano após ano demonstrar capaçidades para estar entre os melhores.
Anteontem o FC Porto mais uma vez demonstrou a sua superioridade frente a uma equipa de "top", onde figuram nomes bem sonantes e se não saíu do Vicente Calderón com uma retumbante vitória, não foi por mais do que profundo azar e a ajuda de um guarda-redes desinspirado.
Ontem no entanto, o SC de Portugal (e não de Lisboa como diziam os comentadores da Super Sport 5) desiludiu com uma goleada caseira ante um Bayern em má forma.
É esta a realidade do futebol Luso, um clube a fazer pontos para todos os outros... e por vezes um ou outro a brilhar um bocadinho (força Braga!).

Carnaval

Carnaval é em Ovar, terra que me viu crescer. Sei perfeitamente que não sou o maior fanático do Carnaval em Ovar, pois há pessoal que vive o ano inteiro a pensar nisso naquela terra, mas a verdade é que quando chega próximo da data, em Ovar é impossível não sentir que tudo muda, que a cidade ganha um orgulho próprio independente e desinteressado do mediatismo de outros.

Nenhuma outra terra se pode gabar de ter dezenas de milhar de pessoas numa noite apenas a circular pelas suas principais artérias, enchendo bares, cafés e discotecas, enchendo as ruas e as tendas até manhã dentro. Ok, não é verdadeiramente uma noite... são várias, sendo a de Sábado e principalmente a de 2.ª de arromba.

Nestas alturas o saudosismo revela-se ainda maior do que costume, pois não sinto apenas o afastamento da minha família (em crescimento), mas também o afastamento da minha terra, dos seus costumes e tradições, da identidade global que também me define.

É já o 2.º ano que passo o Carnaval em Angola e devo confessar que sinto mesmo falta dele!

Correr

Ok, não sou propriamente o Obikwelu, mas comecei ontem a correr pela restinga. Devo confessar que não corri muito e que mesmo assim estou todo partido... mas não vou desistir!

Amanhã conto estar lá outra vez e desta vez não deixarei o Marco correr mais do que eu!

G7

Estamos já habituados a reuniões do G7 (os 7 países mais industrializados do mundo)... esta última teria sido apenas mais uma, com muita demagogia à mistura como habitual, não fosse a lufada de ar fresco vinda do Japão. O Ministro das Finanças daquele tigre Asiático (nome dado ao conjunto de países asiáticos que na década de 90 apresentaram economias de elevado crescimento) apareceu aparentemente embriegado na conferência de imprensa e já apresentou a demissão.

Preocupante é mesmo o facto de aparentemente nenhum dos seus congéneres se ter apercebido desse facto...

Viver no Lobito com uma criança...

Recebi esta semana um comentário em forma de pergunta e senti-me compelido a responder.

Uma leitora do Expatlobito, que tem a possibilidade de vir em breve para o Lobito, perguntava como estão as coisas por cá, apresentando as dúvidas do costume (segurança à cabeça), às quais se adicionava uma outra que me é muito próxima - a leitora tem uma menina de 2 anos e talvez esta seja a sua principal preocupação.

Não sei ao certo se sou a pessoa ideal para responder a esta última preocupação, uma vez que também eu vou ter uma filhota dentro de poucos meses e esse facto levou a alterar os planos de vinda da Sofia para cá.

Mas vamos então à resposta concreta às dúvidas da leitora (já agora, o nome é Teresa):

Vou partir do pressuposto que a Teresa vem juntar-se ao marido que por cá anda há já algum tempo, ou que vêm os dois com a menina e um contracto familiar para uma qualquer empresa Tuga ou Angolana (sou economista, pelo que se torna uma necessidade básica assumir pressupostos). A primeira coisa que tenho a dizer é que isto é uma tremenda seca para quem não trabalhe. Não há absolutamente nada a fazer! Não há shoppings, cinemas ou afins, pelo que sobra ir à praia, acordar tarde ou aprender a tricotar.

Por outro lado, ao contrário de Luanda, tanto o Lobito como Benguela são extremamente seguros. Sinto-me tão seguro em matéria de assaltos como me sentiria em Aveiro ou Viseu... talvez um pouco mais até.

Em relação a cuidados de saúde, a Provincia está mal servida. Em Luanda, para quem puder pagar uma clínica privada, já se encontra quase tudo, mas o que preocupa verdadeiramente é uma urgência... aí, temos que admitir que ainda há muito por fazer em Benguela/Lobito.

Uma das coisas boas do Lobito é de facto a possibilidade de podermos andar livremente. A bicicleta e a corrida matinal, ao contrário de Luanda, são possíveis e a praia é um must.

Há algo mais que deve ser sempre dito nestas circunstâncias - nunca nos devemos esquecer que Angola não é Europa... é um país com cultura e costumes diferentes. Não estou a dizer que é melhor, ou pior, é apenas diferente. E o que damos como certo na Tuga deve ser esquecido. É natural que falte a luz durante dias a fio. É natural que não corra água nas torneiras durante o mesmo período, é natural que nem sempre haja aquilo que queremos no supermercado, mas isso faz parte de um país em reconstrução e mais ainda, faz parte de um país que não vive, nem pode viver em função dos estrangeiros. Se falta o yogurte, paciência. Se não há azeite, azar.

Mas Angola tem também muito a oferecer e o saldo depende sempre da forma como encaramos esta experiência. No que me toca a mim, nunca me dei por mim arrependido da minha opção... a minha única mágoa é estar longe da minha mulher 9 meses por ano e não ver a sua barriguinha crescer, não sentir os pontapés da minha menina na barriga dela e não poder chegar a casa ao final do dia, encostar-me a ela e perguntar como correu o seu dia.

Mais uma refinaria?!

Ao que parece, ainda não se arrancou de facto com a refinaria do Lobito e já se fala numa 3.ª refinaria em Angola...

Esta, pelo que se noticia aqui, terá participação da Galp... o que tem lógica já que é uma empresa parcialmente Angolana.

AR - Geoff Ryman

Lêr é como o ar que respiramos, uma necessidade básica. Como tal precisamos de alimentar esta necessidade o melhor que pudermos. Graças a um amigo que teve a atenção de me oferecer este livro, posso agora continuar a minha tarefa de enriquecimento da alma com um até agora descohecido autor - Geoff Ryman.

Este "AR", que ainda vai na página 70, tem-se revelado muito bem escrito, bem promenorizado e sem dúvida promete muito mais daqui para a frente. Tenho a sensação que serão pouco mais de 600 páginas que deixarão saudades.

Fica aqui a sinopse par dar uma amostra.

Sinopse: "Chung Mae é a única ligação entre os seus vizinhos e a cultura de um mundo mais abrangente, que vai para além dos campos de cultivo e das casas simples da sua aldeia. Uma nova tecnologia de comunicação, que promete colocar toda a gente em contacto, em qualquer lugar, sem precisar de linhas eléctricas, computadores ou máquinas, está a invadir o mundo. Esta tecnologia é o Ar. O teste inicial do Ar corre terrivelmente mal e algumas pessoas morrem devido ao choque. Imparável, o Ar chegará com ou sem a aceitação da aldeia de Mae. Ela é a única que sabe como o dominar e como preparar a população para a sua chegada. Mas será que lhe vão dar ouvidos? Ou será tarde demais?"

4 de Fevereiro

Foi neste dia, em 1961, que começou a luta armada pela independência de Angola. Esta apenas chegaria muito mais tarde, em 1975, mas fica o registo desta data, que dá nome ao Aeroporto Internacional de Luanda e durante a qual me encontro a trabalhar...

Novos nomes!

Pois, quando o objectivo é reduzir as opções até sobrar apenas uma, eis que a Sofia se lembra de juntar mais dois à discussão:

- Maria - que pessoalmente não gosto, nem desgosto;

- Frederica - contra o qual me debaterei até aos 9 meses se for necessário.

Parece que está afastada a hipótese de Ana Rita, nome que gosto mais uns dias do que outros.

Assim sendo, hoje vou apresentar os meus argumentos para Leonor... até posso ceder em Maria Leonor, ou Leonor Maria, mas é isso ou Beatriz!

Eu não me esqueço que sou eu que vou registar a menina, por isso...