Friday, November 28, 2008

Taça UEFA

Não quero parecer mauzinho, mas quando vi que o Benfica estava a perder 4-1, pedi mais golos... só me deram mais um, mas foi melhor que nada.
Antes do jogo, ainda "puxava" pelos pardais de rapina, mas ao intervalo, acabadinho de chegar a Benguela, e constatando que os meninos já não iam lá, tornei-me Grego e do Olimpiakos desde pequenino. Ainda fui a tempo de ver o meu clube marcar um golo... mas queria mais...
Triste foi ver o Braga perder ao caír do pano... mas pelo menos esses podem andar de cabeça erguida em qualquer aeroporto!

Thursday, November 27, 2008

Calor...

... é o que faz em Angola... pelo menos no Lobito.
Nem sou pessoa de sentir muito o calor, mas estas temperaturas, misturadas com a humidade, já me estão a fazer sentir saudades de Agosto, altura em que à noite me queixava... do frio!
Estão hoje 31 ºC e à noite rondam os 22 ºC, mas esta semana a máxima parece querer chegar aos 32 ºC e a minima aos 23 ºC.
O preocupante é que me lembro bem do que sofri à chegada a Liboa o ano passado, passando do extremo calor, para o extremo frio.
Vendo as previsões, o Porto conta com uns estonteantes 13 ºC de máxima para hoje e uma mínima de 1 ºC esta noite, mas para 2.ª Feira, as previsões apontam para uma máxima de 7 ºC e uma mínima de 0 ºC... é nestas alturas que damos valor ao recuperador de calor e ao aquecimento central!

Wednesday, November 26, 2008

Outra vez mais fortes

E mais uma vez o FCP passou a fase de grupos da Champions, voltando a estar na lista dos 16 melhores clubes da Europa!
Nem o facto de termos um treinador autista impede o sucesso de um clube com chama de dragão.
E hoje vamos apoiar o SCP... o melhor mesmo é chamar "españoles" aos catalães e ver se o Sporting se faz gigante nesta Europa de futebol.

Tuesday, November 25, 2008

O meu Bebé

A imagem não é de grande qualidade, bem sei, mas o meu bebé é de última geração - apresentado ao pai via e-mail. Já veio a Angola, mas não o tinha visto bem, pois a barriguinha da mãe tapava um bocado.

Assim como a mãe o apresentou ao pai, o pai o apresenta ao mundo... de forma digital.

Natal




Ao contrário do que dizia no outro dia o Nuno num post do Linha de Rumo, a mim não me cheira a Natal no Lobito. Cheira-me a muita coisa, mas não é a Natal. Calma, não vou começar a falar do cheiro de África, nem do som de África, que tanto me atormenta todas as noites já que a ENE está sempre "a investir hoje a energia de amanhã". Vou falar de Natal e Natal é na Tuga!

As saudades são um sentimento tramado, não foramos lusófanos e não teriamos esse problema, pois não há tradução para esta palavra e a palavra é mais de metade deste sentimento. Mas voltando ás saudades, tenho saudades de ver a família toda reunida, em volta de uma mesa pintada de tons vermelhos, sorrisos rasgados, bom vinho e boa comida, fios de ovos, castanhas de ovos, pão-de-ló de Ovar, ovos mexidos da Maezinha (vou mesmo engordar!).

E porque o Natal é quando um Homem quiser, o meu vai começar a 12 de Dezembro e só acaba a 4 de Janeiro!

Friday, November 21, 2008

Sobe sobe, dollar sobe...

Mais coisa menos coisa, o câmbio actual ronda os 1,26... já não acontecia isso faz tempo. Aliás, há mais de um ano que o câmbio não era tão favorável ao dollar, o que acaba por me fazer um jeitão já que parte do meu rendimento é em dollars. E depois não nos esqueçamos que o natal está aí à porta...
Já agora, o Benjamim é um tipo (bem... foi) bem feio, mas por algum motivo estranho sinto uma enorme simpatia por ele.

Thursday, November 20, 2008

Brasil Vs. Portugal


Humilhação. Esta é a palavra mais apropriada para explicar o que se passou ontem. Porque o jogo começava tarde (1 da manhã aqui em Angola), optei por vê-lo de olhos fechados, o que na altura foi uma decisão difícil e agora, à luz do resultado, se revela um golpe de génio.

Só gostava de saber quanto está a ganhar o Queiroz, porque serviço igual eu fazia muito mais barato!

Tuesday, November 18, 2008

Partida

Ontem fui ao aeroporto de Luanda pela 2.ª vez em pouco mais de uma semana. Mas desta vez, ainda que o voo fosse de regresso a Portugal, não me deu satisfação nenhuma... é que a minha mulher e o nosso rebento embarcaram e eu fiquei por cá.
Foi curta a estadia da minha mulher por cá, mas deu para matar saudades. De qualquer forma, dia 12 já estou por terras Lusas para 3 semanas de festa, convivio e muito carinho.

Wednesday, November 12, 2008

Angola, 1.ª Impressão

Já lá vai mais de um ano desde que cheguei a Angola, mas lembro-me muito bem da minha 1.ª impressão deste país.
Julgo que na altura resumi tudo a um lugar comum - Isto é África!
Já viajei o suficiente por este mundo para saber que todas as culturas têm as suas especificidades e que não devemos julgar os outros pelas 1.ªs impressões, pelo que na altura não fiquei tão chocado como outros que cá chegam.
Já visitei países em guerra, como o Sri Lanka e outros que haviam saído de guerras há bem pouco tempo, como o Cambodja, e o trânsito de Luanda não incomodaria muitos Indonésios ou Tailandêses, ainda que lhes estranhasse a falta de motorizadas, tão pouco a lentidão de processos é estranha a quem tenha estado no México ou na região fronteiriça do Haiti com a R.D., mas a verdade é que nunca tinha conhecido um país que combinasse tantos aspectos que conotamos como negativos e ao mesmo tempo nos recordasse tanto de Portugal.
A chegada da Sofia a Angola serviu para recordar todo o processo, pois até agora ela só conhecia o que ouvia de mim e de outros amigos que por cá andam e desde Sábado temos vindo a comentar tudo como se fosse a 1.ª vez... tanto para ela, como para mim.
Mas a memória é curta, como sabemos, e a verdade é que a chegada da Sofia tem servido para recordar a minha chegada há pouco mais de um ano e a precepção de uma verdade inegável - há pouco mais de um ano o Lobito estava pior; Benguela estava pior; Luanda estava pior; as comunicações estavam pior; o país estava pior. Pode até ser que Lisboa tenha 10 vezes mais budget de construção que Angola inteira, pode até ser que o investimento em Angola na reconstrução Nacional seja diminuto face às necessidades, mas também ninguém pode negar que aos poucos este país está a mudar e a transformar-se em algo melhor.
Angola tem um caminho longo pela frente, ao contrário do que se diz por aí, Angola não é um país rico, a verdade é que Angola é um país pobre e subdesenvolvido, o que Angola tem é potêncial... muito potêncial, mas meia dúzia de estradas não resolve o problema; meia dúzia de edifícios novos não resolve o problema; o que resolve o problema é uma continuada aposta em Angola, nas suas gentes e na formação das gerações vindouras.

Para terminar este post, deixo uma ideia para reflectir - Angola tem-se desenvolvido nos últimos anos com taxas de crescimento sempre de dois dígitos, mesmo retirando os efeitos do petróleo. Por outro lado Portugal estagnou, com taxas de crescimento a rondar os 2,5%-3%. No entanto, se Portugal deixasse de crescer, demoraria à volta de meio século para que Angola chegasse ao nível de desenvolvimento de Portugal. Se Angola e os Angolanos conseguem ver um futuro auspicioso apesar disto, se os Angolanos conseguem ter orgulho na sua Nação, se os Angolanos conseguem reconhecer a evolução e o desenvolvimento... porque não conseguem os Portugueses? Será que ninguém se lembra do que era Portugal na década de 70? Será que não estamos agora muito melhor do que estávamos apenas há 10 anos atrás?
Então vamos deixar o discurso pessimista e fatalista e vamos todos assumir que para ser ainda melhor, Portugal precisa acima de tudo que façamos o nosso melhor e nada mais.

Friday, November 7, 2008

É já amanhã!


Nunca ansiei tanto pela chegada a Angola de um avião da TAP como agora (pelo menos por um que não me leve de volta à Tuga). É que o voo TP257 de hoje (só aterra cá amanhã), é um voo especial, pois traz a bordo as duas pessoas mais importantes do mundo... a minha mulher e o meu bébé.

Espero que a TAP não apresente queixa, mas vão voar os dois pelo preço de um.

Thursday, November 6, 2008

Tudo a voltar

Finalmente ontem o meu carrinho voltou... o bom filho à casa torna, é verdade, mas com um cheiro diferente e desagradável e 4 pneus novos! Mais incrivel... os 4 pneus são iguaizinhos! Da mesma marca e tudo!!!
E este Sábado tenho a minha mulher em Luanda, que virá mostrar a barriguinha de grávida que já deve começar a ter... isto se nada de errado correr com o visto, que à Angolana sai na véspera do voo.
E cada vez menos certo, volto à Tuga dia 12 de Dezembro... mas será que vou directo de Luanda?

Wednesday, November 5, 2008

Obama, Sócrates e falar à toa


Começemos pelo novo Presidente dos EUA... o Sr. Obama, porque por terras de tio Sam não há cá Eng.º ou Dr., a menos que seja médico.
Líder do mundo livre, este Sr. terá que enfrentar uma crise económica comparável apenas à crise de 1929 e não consigo deixar de pensar que eleger um negro para Presidente da América deve ter implicado muitos acordos e concessões... parece-me a mim que tanta esperança se vai lograr numa tremenda desilusão.


Passemos então do Sr. Obama, para o Primeiro-Ministro de Portugal, o Eng.º Sócrates, que antes de o ser, já era, porque em Portugal essa coisa do título é como pão para a boca.
Sendo eu o único Tuga que votou no Sr... peço desculpa, no Eng.º, tenho todo o direito de me sentir defraudado com a sua actuação. O problema é que o Eng.º Sócrates não tem concorrência à altura e escolher entre o mau e o pior não é uma escolha que se goste de fazer...

E para finalizar, o "falar à toa". Falar à toa é uma expressão Angolana que serve para definir uma situão em que alguém fala demais sem dizer nada de importante, ou em que alguém diz um grande disparate, ou simplesmente está a inventar algo.
Ex:
Interlocutor 1: Eu gosto é de bolos pela manhã enquanto vejo o meu cão rebolar na areia.
Interlocutor 2: Não fala à toa!
É lindo!

Tuesday, November 4, 2008

BPN


(dois dos homens mais sexys de Portugal)

Cheguei a casa do Álvaro este Domingo e as palavras surgiram de forma dura e áspera - "O BPN faliu!".
Afinal não foi bem assim... foi um mal entendido, o BPN não faliu, foi Nacionalizado.
Vi o Ministro, bem acompanhado pelo Vitinho, dizerem que afinal agora é que estava tudo bem e fiquei logo descançado. Ufa, que alívio... eu a pensar que uma nacionalização mais de 30 anos depois da última seria uma coisa má e afinal é uma coisa boa... como pude eu andar tão engado?
E é claro que a culpa desta situação não poderia morrer solteira... e não morreu - a culpa é de administrações passadas do BPN! Uma, duas, três, todas?... todas não, que as duas últimas foram um luxo.
Mas afinal parece que o Banco Central de Cabo Verde já tinha avisado qualquer coisita acerca do Banco Insular e ligações ilícitas ao BPN... o regulador falhou?!... mais uma vez a minha mania de fazer juízos precipitados levou-me a cometer erros crassos de avaliação. Pois é... o regulador não falhou, pois esta situação só ocorreu porque houve "pessoas" que fizeram coisas erradas. Fica então claro o papel do regulador - sempre que as pessoas fazem coisas certas, o regulador observa e aplaude, confirmando que tudo está certo... sempre que "pessoas" fazem as coisas mal, o regulador espera sentado e nada diz, pois afinal de contas não é para isso que existe.

Ainda...

Aqui por Angola a palavra "ainda" tem um sentido mais vasto que na Tuga, podendo ser aplicada em situações que parecem requerer uma resposta mais elaborada.
Vou deixar alguns exemplos da sua aplicação, por forma a ser mais claro:
P: O Zé já chegou?
R: Ainda.
Significado: Não chegou, mas vai chegar.
P: Isto já está feito?
R: Ainda.
Significado: Ainda nem pegaram nisso, pelo que vais ter que esperar bastante.
P: O meu bife já está pronto?
R: Ainda.
Significado: Não está nem estará tão cedo. Se te trouxeram pão para a mesa, come-o; se não trouxeram, pede!

Outras fantásticas expressões de uso quotidiano em Angola, mas que actuam como um corpo estranho para nós tugas, são o "vou a tua trás", que significa "vou a trás de ti"; o "tou a vir" que pode significar "estou a chegar", ou "vou saír de onde estou ainda hoje, algures no tempo mas de forma indefinida, para ir para aí"; e o "nunca", indicando não o seu carácter temporal, mas que não foi feito, nem há intenções de o fazer.