Thursday, October 23, 2008

Procura-se pára-brisas

Antes demais quero avisar para a sensibilidade das fotos que aparecem em baixo. As pessoas mais sensíveis deverão esperar 1 semana até este post estar bem em baixo na página.
Os factos que passo a relatar aconteceram ontem e devem servir de aviso a todos os que ocupam o espaço junto à ENSA no Lobito.
Cheguei ao trabalho como de costume, e encontrei um excelente lugar mesmo ao lado da carrinha verde com pneus em baixo que cisma em permanecer no parque há meses. Considerei na altura que era um bom lugar, pois estava favorecido pela sombra das palmeiras. Mais tarde, as mesmas palmeiras seriam a razão para considerar um mau lugar.
Talvez uns 30 minutos depois de começar a minha incansável labuta diária, rodeando-me dos sempre apetitosos papeis de todo o tipo, onde se incluem evidentemente as deliciosas facturas de clientes, que me enchem de prazer com as suas pilhas organizadas que se assemelham a castelos mouros (se há dúvidas, não deveria... estou mesmo a ser sarcástico), chega um tipo da contabilidade, interrompendo a minha alegre tarefa matinal de receber e responder a e-mails profundamente Parisienses, para me comunicar que o meu carro tinha o vidro partido. Pensei de imediato no pior - Um tipo qualquer, reparando na qualidade superior dos meus tapetes, partiu o vidro para os roubar, levando com eles o pó acumulado que me levou meses a adquirir.
Mas quando vi o carro, constatei que afinal o vidro partido era o da frente... o pára-brisas estava estilhaçado.
Olhei em redor procurando o culpado por tão hediondo crime e foi então que o vi, deitado no chão e sem vida - um ramo da maldita palmeira!
A maka agora é que não se encontra um pára-brisas em lado nenhum. Estamos a tentar Luanda, pois nem no Lobito nem em Benguela têm em stock. Se tiver que vir de Portugal bem que vou esperar sentado... ou melhor, a pé!


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